domingo, 30 de outubro de 2011

Método canguru alivia sensações de dor em prematuros.

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É fato que o contato entre mãe e recém-nascido faz bem a ambos. Agora, estudo realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da Universidade de São Paulo (USP), mostra que bebês prematuros podem se beneficiar da chamada posição canguru. Segundo a enfermeira Thaíla Corrêa Castral, esse contato reduz a dor do bebê.

“A posição canguru permite o contato pele a pele. Isso, na prática, significa que o bebê está só de fralda, em uma posição vertical, entre os seios da mãe. Esta fica só de avental, deixando o colo livre para o contato com a criança”, explica Thaíla sobre o funcionamento do método.

Para o estudo, Thaíla observou as expressões faciais e o choro do recém-nascido, e realizou uma análise psicológica do quadro da mãe que permitiram constatar que o estresse materno é capaz de influenciar na regulação da dor e do estresse do próprio bebê, o que, por sua vez, interfere no desenvolvimento da criança.

“Foi uma surpresa perceber que, quanto maior o cortisol da mãe, menor a frequência cardíaca do bebê. Pensamos que seria o contrário: quanto mais estressada estivesse a mãe, mais acelerado ficasse o coração do bebê”, aponta Thaíla.

A pesquisa foi realizada com 42 mães e seus bebês, recrutadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), também da USP. O momento de dor analisado foi o Teste do Pezinho, feito entre três e sete dias depois do parto e repetido após um mês no caso dos prematuros. Todos os bebês foram colocados na posição canguru por 15 minutos antes da realização da coleta de sangue do calcanhar, permaneceram na posição durante o exame e por mais 15 minutos depois de seu término.  Esse procedimento era gravado, o que permitia a análise detalha das expressões.

A medição dos níveis de cortisol foi realizada através de amostras de saliva, e refletiam o estado de estresse durante o procedimento doloroso. Isso acontece porque o cortisol demora cerca de vinte minutos para responder ao organismo. Sua variação foi influenciada apenas pelo estresse da mãe.

Segundo a pesquisadora, é importante que mãe e bebê fiquem mais próximos, porque estudos já mostraram os benefícios disso para ambos. Contudo, ela alerta para o fato de que é importante que a mãe com perfil de estresse receba cuidados, pois pode influenciar negativamente na saúde da criança.

Fonte: Agência USP

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