domingo, 30 de outubro de 2011

AVC mata 1 a cada 2 dias na região.

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ENFERMAGEM PRESENTE.

A cada 2,4 dias uma pessoa morre na região vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Neste ano, 99 pessoas da região, que moram em cidades atendidas pela Delegacia Regional de Saúde de Rio Preto (DRS-15), morreram após sofrer derrame. Os números são do DataSus, banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje é o dia mundial de combate ao AVC, a primeira causa de morte e incapacidade no Brasil, e que matou no ano passado 165 pessoas nos 101 municípios da região. A data foi criada para conscientizar a população sobre os riscos e informar a respeito das formas de prevenção.

O problema é ocasionado por uma interrupção do fornecimento de sangue ou a ruptura de um vaso sanguíneo de qualquer parte do cérebro. O primeiro, chamado isquêmico, é responsável por 80% dos casos. O segundo, o AVC hemorrágico, só responde por 20%, porém é o principal causador de óbitos. A doença provoca formigamento ou dormência de mãos e pés, fraqueza nos membros inferiores, superiores e na face, além de dificuldade na fala e convulsões. O diagnóstico precoce é a principal fator para o tratamento. “Quanto mais cedo o paciente for levado para o hospital, mais recursos temos para tratá-lo. Um deles é o tratamento trombolítico, um medicamento que desfaz o coágulo do sangue que obstrui a circulação, que só pode ser realizado até 3 horas após o AVC”, explica o neurologista Fábio de Nazaré Oliveira, da coordenação da emergência do Hospital de Base.

A aposentada Maria Meire de Goes Rodrigues, 59 anos, há três dias teve a doença e ficou com o lado esquerdo do corpo paralisado. Ainda com dificuldades na fala, ela se recupera no HB. Os primeiros sintomas surgiram quando tentou levantar do sofá de casa e caiu. “Senti fraqueza nas pernas e não conseguia ficar em pé”, diz. O marido da paciente, Antônio Rodrigues de Oliveira, 76 anos, percebeu na hora. “Vi que ela não conseguia conversar direito e já corremos para o hospital”, conta o aposentado.

Identificação rápida ajuda tratamento

A identificação rápida aumenta as opções de tratamento, por isso três simples testes (mostrados na arte ao lado) podem confirmar a suspeita de derrame. Os sintomas aparecem quando a pessoa não consegue permanecer com os dois braços levantados, possui dormência na face ou ainda dificuldade na fala.

Probabilidade

Caso a pessoa tenha um desses indícios, a chance de ter um AVC é de 72%. Se forem os três sintomas, a probabilidade sobe para 85%. “São testes fáceis, que podem auxiliar no diagnóstico precoce. E quanto mais rápido a doença for identificada, maior o número de opções de tratamento. Em até 3 horas é possível aplicar medicamento que desfaz o coágulo provocador do AVC, depois disso o tratamento é de suporte para não permitir que a situação se agrave”, explica o neurologista.

Só 15% saem sem sequelas

O mecânico José de Jesus Manso, 61 anos, teve esta semana o quarto AVC. Apesar disso, não ficou com sequelas. “Me preparava para trabalhar quando meu lado esquerdo do corpo ficou paralisado. Não conseguia conversar e nem andar. Como já sabia dos sintomas, porque já tive outras vezes, meu filho me trouxe correndo para receber atendimento.”

Manso faz parte dos 15% de pacientes que escapam da doença sem sequelas. Segundo o neurologista Fábio de Nazaré Oliveira, 40% dos pacientes vítimas de derrame morrem dentro de um ano devido a complicações de sequelas provocadas, e 10% nos 30 dias após o AVC. Da outra metade que sobrevive, 70% não voltam a trabalhar e, deste total, 30% precisam de apoio para andar. Os dados são de pesquisa realizada pelo HB em 446 pacientes atendidos entre janeiro e setembro deste ano.

“É um problema grave, que precisa ser diagnosticado rapidamente para aumentar a possibilidade de tratamentos”, diz Oliveira. Segundo a pesquisa, 57% das vítimas são homens e 43% mulheres, a maioria com mais de 66 anos. Do total de pacientes, 21 foram submetidos a trombólise venosa, e 57% deles tiveram alta, 14% foram liberados, mas com previsão de retorno, 5% ficaram com sequelas e 24% morreram.


Fonte: Diario Web

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