quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sem vacina ideal, aids deve se tornar uma doença crônica.


Desde a descoberta do HIV, em 1981, a aids vem sendo combatida em duas frentes: a criação de medicamentos antirretrovirais capazes de inibir a reprodução do vírus e o desenvolvimento de vacinas que possam prevenir e, quem sabe, curar a doença.

A primeira frente tem sido bem-sucedida, apesar das limitações naturais dessa forma de terapia. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que, em 2009, 33,3 milhões de pessoas ao redor do mundo viviam com o vírus HIV, e as mortes por aids, naquele ano, atingiram 1,8 milhão de portadores da doença — 1,1 milhão a menos que em 2000. No último dia 12 de outubro, um estudo publicado no periódico British Medical Journal revelou que a expectativa de vida entre pacientes ingleses com HIV, no período de 1996 a 2008, aumentou em 15 anos. O resultado positivo deve-se muito ao fato de os pacientes ingleses, assim como os brasileiros, terem amplo acesso aos antirretrovirais.

Na segunda frente, a das vacinas, sempre houve pouco o que comemorar. Ao longo do tempo, várias vacinas foram testadas. "Mas ou não funcionaram, ou protegeram muito pouco", afirma Esper Kallás, médico infectologista e coordenador do comitê de retroviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia. A baixa proteção caracterizou os resultados da vacina RV 144, testada na Tailândia e cujos dados foram divulgados no final do ano de 2009. Após chegar à terceira fase de testes (o que tornou o estudo o mais extenso já feito), o estudo conseguiu proteger 26% dos voluntários de uma infecção, porcentagem considerada baixa.

"Não vale a pena investir em uma vacina que protege nessa proporção. Embora 26% de proteção pudesse ser capaz de ajudar a situação na África, por exemplo, ainda existem medidas preventivas muito mais eficazes, como a circuncisão", afirma o infectologista e professor da Escola Paulista de Medicina, Ricardo Shobbie Diaz. Em julho de 2011, um estudo apresentado em conferência internacional sobre a aids, em Roma, revelou que essa cirurgia pode diminuir o risco de infecção de HIV em até 76%.

Esperança renovada — Após a última decepção, quase dois anos se passaram até que a comunidade médica voltasse a vibrar com uma nova pesquisa sobre vacina. Em setembro deste ano, o Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha (CSCI) anunciou os resultados promissores da primeira fase clínica de testes de uma nova vacina em estudo publicado nos periódicos Vaccine e Journal of Virology.

Diferentemente da vacina testada na Tailândia, estudada somente para a prevenção da aids, os testes espanhóis também buscam dar uma função terapêutica à vacina — ou seja, pretendem usá-la para curar a doença. Os testes, feitos em pacientes saudáveis, demonstraram que 90% dos voluntários, após receberem a vacina, tiveram uma resposta imunológica eficaz. O próximo passo, segundo os cientistas, será testar a substância em pacientes infectados pelo vírus. "Provavelmente essa vacina, se os estudos avançarem, passará a ser usada para fins terapêuticos, e não na prevenção", afirma Diaz.

Fonte: Veja Online

Comer muito rápido aumenta risco de diabetes tipo 2 em até 2,5 vezes.

Comer rápido pode aumentar em até 2,5 vezes o risco de uma pessoa desenvolver diabetes tipo 2, segundo pesquisa apresentada na última segunda-feira no Congresso Internacional de Endocrinologia, em Florença, Itália. A velocidade com que uma pessoa ingere os alimentos já foi associada a outros problemas de saúde, como a obesidade, mas essa é a primeira vez  que esse fator aparece diretamente relacionado ao desenvolvimento de uma doença.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade Lituânia de Ciências da Saúde compararam 234 pessoas que haviam sido diagnosticadas recentemente com diabetes tipo 2 com outros 468 indivíduos que não tinham a doença. Todos os participantes responderam a um questionário sobre fatores de risco para diabetes, hábitos alimentares e peso e medidas do corpo. A velocidade com que eles comiam também foi avaliada, e classificada em lenta, normal ou rápida.

Após ajustarem os resultados para outros fatores relacionados à diabetes, como histórico familiar, atividade física e tabagismo, os autores concluíram que aqueles que comiam mais rapidamente apresentaram 2,5 vezes mais chance terem diabetes tipo 2 do que as pessoas que demoravam mais para se alimentar. Os pesquisadores também entenderam que o hábito de comer mais rápido está associado a um maior índice de massa corporal (IMC) e a um menor nível de escolaridade.

“A prevalência de diabetes tipo 2 está aumentando globalmente e pode se tornar uma pandemia mundial. A doença parece envolver uma interação entre fatores genéticos e ambientais. É importante identificar quais são os fatores de risco modificáveis”, diz Lina Radzeviciene, uma das autoras do estudo. De acordo com a pesquisadora, sua equipe pretende realizar mais estudos que ajudem a compreender como outros hábitos alimentares e estilo de vida contribuem para a diabetes.


Fonte: Veja Online

sábado, 17 de março de 2012


Sinônimos de sofisticação, os cruzeiros marítimos são um dos principais sonhos de consumo do turista brasileiro. Nos grandes navios, capazes de transportar mais de 1 mil passageiros, também podem embarcar enormes problemas: as doenças.

Neste mês, o navio Balmoral, retido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no porto de Santos (SP) com 1.226 passageiros e 524 tripulantes no início de março, foi um exemplo dessa realidade pouco conhecida dos transatlânticos que cruzam a costa brasileira. Cinco casos de gripe e dois casos de diarreia em tripulantes e passageiros foram registrados no navio. Em fevereiro, uma tripulante do MSC Armonia passou mal e, após internação em Santos, acabou morrendo com diagnóstico de influenza B.

De acordo com o infectologista do ambulatório de medicina do viajante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Gustavo Johanson, 42 anos, embarcações são ambientes muito propícios para a disseminação de patologias, especialmente respiratórias e aquelas transmitidas por objetos contaminados por manuseio. "Um caso clássico de infecção em navios é a de diarréias ocasionadas por norovírus, transmitido pelo manuseio dos objetos. Um caso destes é capaz de acabar com uma viagem", diz o médico.

Para evitar estas ameaças, a desinfecção de tudo o que é manuseado pela equipe de limpeza da tripulação deve ser constante, "como em um hospital". "As tripulações funcionam como comunidades fechadas, um um navio do tipo cruzeiro reúne um grande número de pessoas, às vezes 2 mil passageiros ou mais", diz Johanson.

De acordo com o médico, quanto mais pessoas no local reduzido, maior probabilidade de contaminação através de gotículas de saliva ou outras secreções durante o ato de falar, espirrar. Quanto mais pessoas em um menor espaço, maior a probabilidade de transmissão.

Além disso, doenças como meningite, sarampo, rubéola, e outras moléstias gastrointestinais têm a chamada "sazonalidade". Enquanto algumas doenças são mais frequentes no inverno, outras têm maior ocorrência no verão. Promovendo o encontro de pessoas de diversas nacionalidades, o cruzeiro "mistura" os casos dos picos de infecção, conforme o infectologista.

Procedimentos

Conforme a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), companhias tomam as providências necessárias para prevenir surtos de doenças entre a tripulação. De acordo com a Abremar, a porcentagem de ocorrências relacionadas à saúde por turista transportado nos navios fica abaixo do registrado para quaisquer locais com grande circulação de pessoas, como metrôs, ônibus, aviões, hotéis, piscinas, praias e cidades.

De acordo com a Abremar, todos os navios possuem sistemas complexos de tratamento de água, lavam os alimentos com água filtrada e importam produtos primários, como macarrão. Carnes, verduras, frutas e laticínios são adquiridos no Brasil. O lixo, segundo a associação, passa por separação e vai para reciclagem. Há uma área especial, com maquinário, para o tratamento dos resíduos. O que sobra acaba compactado e entregue para empresas contratadas em terra firme. O lixo hospitalar vai para o depósito de embalagens especiais. Além disso, conforme a Abremar, todas as categorias de resíduos têm etiqueta de identificação: alimentos, vidro, porcelana, alumínio e plástico.

A associação aponta que os navios possuem estrutura de atendimento médico e ambulatório. Na suspeita de uma doença mais séria, o hóspede é encaminhado para um clínica quando o navio atraca no porto.

Conforme a Abremar, as operadoras enfrentam dificuldades para interpretar os regulamentos de saúde pública em cada um dos portos do litoral brasileiro. No ano passado, a associação se reuniu com a Anvisa e com representantes de companhias para discutir o desenvolvimento de um manual oficial para o saneamento de todos os navios de cruzeiro que circulam pela costa do País.

"Montamos e traduzimos um documento com mais de 70 páginas para que ambos os lados, governo e armadoras internacionais, pudessem chegar a um entendimento e, juntas, alinhar o discurso. Com isso, todos ganham: quem inspeciona, quem traz o navio e, principalmente, o turista", disse Ricardo Amaral, presidente da Abremar.

Inspeções

A Anvisa tem a responsabilidade de inspecionar todos os navios que entram no território brasileiro, desde a sua chegada até a saída. As embarcações são vistoriadas conforme o tempo de permanência do navio na costa do País. A avaliação leva em conta itens como abastecimento, tratamento e pontos de ofertas de água potável, recebimento, armazenamento, manipulação e exposição de alimentos e climatização. Além disso, aspectos como hospital de bordo, acondicionamento e tratamento de resíduos sólidos, alojamentos, piscinas, deck, spas e outros também passam por análises, segundo a Anvisa. Caso sejam constatados problemas, as punições podem chegar a multas entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão - que pode ser dobrada em caso de reincidência - à interdição da embarcação.

Ao final de cada temporada, a agência publica um documento sobre a situação da higiene nos cruzeiros que passaram pelo Brasil. O relatório da temporada 2010/2011 divulgado em setembro de 2011 mostrou que quase um terço das embarcações que foram inspecionadas quando passaram pelo Brasil apresentaram irregularidades. Os problemas iam desde a água contaminada até o armazenamento inadequado dos alimentos.

Orientações

Para auxiliar na segurança dos passageiros de navios de cruzeiro, a Anvisa criou um hotsite com dicas de saúde para os viajantes. Na página da internet (www.anvisa.gov.br/hotsite/cruzeiros), os passageiros são orientados a fazer uma avaliação com um médico antes de embarcar, principalmente se forem portadores de doenças. A agência também alerta os viajantes que fazem uso de remédios para que levem os medicamentos em quantidade suficiente para toda a viagem.

Durante o cruzeiro, o guia recomenda que o passageiro esteja sempre atento àquilo que ingere, para impedir um problema comum em navios, a diarreia. Para isso, o viajante deve evitar consumir alimentos crus, gelo e água de procedência desconhecida, frutas com casca danificada e produtos vendidos por ambulantes.

Caso fique doente, o passageiro deve comunicar o fato à equipe de bordo. Eles tomarão as devidas providências e alertarão os serviços de saúde do local para onde o navio está se deslocando.
No mesmo site, os viajantes também podem conferir o resultado das inspeções realizadas nos navios que circulam pela costa brasileira. O relatório detalha o histórico das vistorias e o índice de segurança que a embarcação oferece.



Fonte: Terra


Sinônimos de sofisticação, os cruzeiros marítimos são um dos principais sonhos de consumo do turista brasileiro. Nos grandes navios, capazes de transportar mais de 1 mil passageiros, também podem embarcar enormes problemas: as doenças.

Neste mês, o navio Balmoral, retido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no porto de Santos (SP) com 1.226 passageiros e 524 tripulantes no início de março, foi um exemplo dessa realidade pouco conhecida dos transatlânticos que cruzam a costa brasileira. Cinco casos de gripe e dois casos de diarreia em tripulantes e passageiros foram registrados no navio. Em fevereiro, uma tripulante do MSC Armonia passou mal e, após internação em Santos, acabou morrendo com diagnóstico de influenza B.

De acordo com o infectologista do ambulatório de medicina do viajante da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Gustavo Johanson, 42 anos, embarcações são ambientes muito propícios para a disseminação de patologias, especialmente respiratórias e aquelas transmitidas por objetos contaminados por manuseio. "Um caso clássico de infecção em navios é a de diarréias ocasionadas por norovírus, transmitido pelo manuseio dos objetos. Um caso destes é capaz de acabar com uma viagem", diz o médico.

Para evitar estas ameaças, a desinfecção de tudo o que é manuseado pela equipe de limpeza da tripulação deve ser constante, "como em um hospital". "As tripulações funcionam como comunidades fechadas, um um navio do tipo cruzeiro reúne um grande número de pessoas, às vezes 2 mil passageiros ou mais", diz Johanson.

De acordo com o médico, quanto mais pessoas no local reduzido, maior probabilidade de contaminação através de gotículas de saliva ou outras secreções durante o ato de falar, espirrar. Quanto mais pessoas em um menor espaço, maior a probabilidade de transmissão.

Além disso, doenças como meningite, sarampo, rubéola, e outras moléstias gastrointestinais têm a chamada "sazonalidade". Enquanto algumas doenças são mais frequentes no inverno, outras têm maior ocorrência no verão. Promovendo o encontro de pessoas de diversas nacionalidades, o cruzeiro "mistura" os casos dos picos de infecção, conforme o infectologista.

Procedimentos

Conforme a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), companhias tomam as providências necessárias para prevenir surtos de doenças entre a tripulação. De acordo com a Abremar, a porcentagem de ocorrências relacionadas à saúde por turista transportado nos navios fica abaixo do registrado para quaisquer locais com grande circulação de pessoas, como metrôs, ônibus, aviões, hotéis, piscinas, praias e cidades.

De acordo com a Abremar, todos os navios possuem sistemas complexos de tratamento de água, lavam os alimentos com água filtrada e importam produtos primários, como macarrão. Carnes, verduras, frutas e laticínios são adquiridos no Brasil. O lixo, segundo a associação, passa por separação e vai para reciclagem. Há uma área especial, com maquinário, para o tratamento dos resíduos. O que sobra acaba compactado e entregue para empresas contratadas em terra firme. O lixo hospitalar vai para o depósito de embalagens especiais. Além disso, conforme a Abremar, todas as categorias de resíduos têm etiqueta de identificação: alimentos, vidro, porcelana, alumínio e plástico.

A associação aponta que os navios possuem estrutura de atendimento médico e ambulatório. Na suspeita de uma doença mais séria, o hóspede é encaminhado para um clínica quando o navio atraca no porto.

Conforme a Abremar, as operadoras enfrentam dificuldades para interpretar os regulamentos de saúde pública em cada um dos portos do litoral brasileiro. No ano passado, a associação se reuniu com a Anvisa e com representantes de companhias para discutir o desenvolvimento de um manual oficial para o saneamento de todos os navios de cruzeiro que circulam pela costa do País.

"Montamos e traduzimos um documento com mais de 70 páginas para que ambos os lados, governo e armadoras internacionais, pudessem chegar a um entendimento e, juntas, alinhar o discurso. Com isso, todos ganham: quem inspeciona, quem traz o navio e, principalmente, o turista", disse Ricardo Amaral, presidente da Abremar.

Inspeções

A Anvisa tem a responsabilidade de inspecionar todos os navios que entram no território brasileiro, desde a sua chegada até a saída. As embarcações são vistoriadas conforme o tempo de permanência do navio na costa do País. A avaliação leva em conta itens como abastecimento, tratamento e pontos de ofertas de água potável, recebimento, armazenamento, manipulação e exposição de alimentos e climatização. Além disso, aspectos como hospital de bordo, acondicionamento e tratamento de resíduos sólidos, alojamentos, piscinas, deck, spas e outros também passam por análises, segundo a Anvisa. Caso sejam constatados problemas, as punições podem chegar a multas entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão - que pode ser dobrada em caso de reincidência - à interdição da embarcação.

Ao final de cada temporada, a agência publica um documento sobre a situação da higiene nos cruzeiros que passaram pelo Brasil. O relatório da temporada 2010/2011 divulgado em setembro de 2011 mostrou que quase um terço das embarcações que foram inspecionadas quando passaram pelo Brasil apresentaram irregularidades. Os problemas iam desde a água contaminada até o armazenamento inadequado dos alimentos.

Orientações

Para auxiliar na segurança dos passageiros de navios de cruzeiro, a Anvisa criou um hotsite com dicas de saúde para os viajantes. Na página da internet (www.anvisa.gov.br/hotsite/cruzeiros), os passageiros são orientados a fazer uma avaliação com um médico antes de embarcar, principalmente se forem portadores de doenças. A agência também alerta os viajantes que fazem uso de remédios para que levem os medicamentos em quantidade suficiente para toda a viagem.

Durante o cruzeiro, o guia recomenda que o passageiro esteja sempre atento àquilo que ingere, para impedir um problema comum em navios, a diarreia. Para isso, o viajante deve evitar consumir alimentos crus, gelo e água de procedência desconhecida, frutas com casca danificada e produtos vendidos por ambulantes.

Caso fique doente, o passageiro deve comunicar o fato à equipe de bordo. Eles tomarão as devidas providências e alertarão os serviços de saúde do local para onde o navio está se deslocando.
No mesmo site, os viajantes também podem conferir o resultado das inspeções realizadas nos navios que circulam pela costa brasileira. O relatório detalha o histórico das vistorias e o índice de segurança que a embarcação oferece.



Fonte: Terra

Lancheira saudável melhora o rendimento escolar.


Você sabia que o alimento que seu filho carrega na lancheira pode influenciar no desempenho escolar? Por isso, preparar o lanche das crianças é algo que merece atenção. Além de uma alimentação adequada às suas necessidades, é a partir do que carregam na lancheira que as crianças criam hábitos saudáveis e os levam para a vida adulta. Excluir do lanche frituras e massas folhadas, que possuem sobrecarga de gordura trans, e reduzir o excesso de doces e açúcares estão entre as primeiras recomendações da nutricionista Fávia Pinto César, de Rio Preto, que também é coach de saúde e vitalidade.

“Um bolo recheado, por exemplo, com muito açúcar, dá uma energia imediata, mas depois irá gerar fadiga e sonolência, atrapalhando o aprendizado”, explica a especialista. Efeito parecido é o do refrigerante, que além da alta concentração de açúcar e sódio, contém gás e provoca distensão estomacal. “O resultado é diminuição do foco e distração da criança em sala de aula”, explica a nutricionista funcional Sandra Reis. Flávia observa que o importante é que o lanche seja rico em nutrientes, como vitaminas, minerais, fibras, carboidratos complexos, gorduras saudáveis e proteínas magras. Tudo isso para a formação e o desenvolvimento saudável da criança.

Na prática, um bolo recheado com cobertura deve ser substituído por um bolo simples e de preferência caseiro, como de fubá, laranja e cenoura. Os biscoitos recheados, pelos sem recheio, como os de maisena, água e sal, aveia, e cookies integrais. Já os refrigerantes, devem ser trocados por sucos, exceto pelos artificiais (em pó). Uma alternativa prática são os sucos de caixinha. Frutas vão no lugar de balas e outras guloseimas.

“Os pais devem entender que nessa fase se formam os hábitos alimentares, e o que aprenderem em termos de educação e comportamento alimentar, as crianças levarão para o resto de suas vidas. Então, não basta a escola ensinar, é preciso dar exemplo”, explica Flávia. A nutricionista Sandra Reis fala que, na lancheira, o ideal é sempre dar preferência ao suco natural, seguido da polpa congelada, e por último, o de caixinha. “Se a criança estuda de manhã, uma dica é colocar o suco no congelador na noite anterior. No dia seguinte, ele vai descongelar e manter a temperatura até a hora do recreio.”

Outros alimentos que ela aconselha banir do lanche é a gelatina, pelo excesso de corantes e salgadinhos tipo chips, pela quantidade de sódio. “Além disso, todos os alimentos com corante amarelo, o chamado amarelo crepúsculo, devem ficar de fora. Há estudos que relacionam a ingestão deles com a hiperatividade infantil.” Um exemplo nesse caso são os refrigerantes com sabor laranja.

Combinações

Na hora de preparar a lancheira, a recomendação é que os pais combinem iogurtes, queijos, leite (fontes de proteínas e cálcio), com bolos, biscoito, pães (carboidratos), e frutas em pedaços ou secas, e sucos (fontes de vitaminas e sais minerais). Se a criança levar algum alimento que necessita de refrigeração, a dica é colocar placas de gelo na lancheira.

Sandra alerta também que é preciso ter muito cuidado com os frios, como presunto e queijos. “Se for mandar à escola, deve ser o mais fresco possível, e atenção à data de validade.” O ideal, diz ela, é que as lancheiras sejam térmicas. Outra dica para os pais que costumam mandar salada de frutas, é acrescentar caldo de limão para evitar o escurecimento delas.

 Refrigerante? Salgadinho? Não, é claro

Depois de fazer redução de estômago e passar por reeducação alimentar, há dois anos, a auxiliar de escritório Michele Palomino Velho Sandanielo, 31, se dedica à alimentação da filha, Larissa, 6 anos, para que desde cedo ela tenha hábitos saudáveis. “Não quero que ela passe pelo que eu passei e procuro passar para ela uma coisa bem diferente da que eu vivi”, diz.

A lancheira da menina segue à risca o que é orientado pela escola. No lugar de refrigerante e salgadinhos, a mãe coloca itens como queijo branco, sucos, frutas, pães. “Procuro diversificar e também alternar para que ela não enjoe.” O mesmo faz a servidora pública municipal Daniela Gravalo, 34, mãe de Lucas, 7, e Lorena, 2. “É uma tarefa difícil. Meus filhos, por exemplo, não gostam de biscoito. Aí mando às vezes milho cozido, iogurtem cenoura, que eles gostam de comer com sal.”

As crianças estudam no colégio Cata-Vento, onde é feito um trabalho de educação alimentar. Lá é proibido levar na lancheira refrigerante, salgadinhos, balas e chicletes, chocolates e doces em geral. Adriana Costa Vitorasso, diretora, explica que uma engenheira de alimentos preparou uma sugestão de cardápio para cada dia da semana, que serve de orientação para os pais.

Christina Rudge Leite, 40, jornalista, procurou a ajuda de uma profissional para orientá-la com o lanche dos filhos, Catarina, 6, e Luiz Felipe, 4. “Busquei orientações sobre o que é melhor para a alimentação das crianças, e o que posso adaptar.” Ela conta que faz uma programação semanal para o lanche que eles levam à escola, variando sempre o cardápio. Na lancheira, a prioridade é por pães e biscoitos integrais, por exemplo.

Onde estudam, um dia da semana é livre para os alunos escolherem o lanche que quiserem na cantina, mas, mesmo assim, Christina fala que os orienta a evitar frituras e refrigerante. A nutricionista Flávia Pinto César aconselha os pais a estimularem os pequenos a participar da preparação do lanche e outras refeições, além de irem junto ao supermercado. O objetivo é que aprendam desde cedo a conhecer os alimentos e saibam fazer escolhas saudáveis.


Sugestões para o lanche


:: Um alimento fonte de proteínas e cálcio, como leite, iogurtes e queijos

:: Um alimento fonte de carboidratos, como pães, biscoitos, torradas (os três, de preferência integrais), bolos simples, granola, mel, geleia de frutas, achocolatados

:: Um alimento fonte de vitaminas e sais minerais, como frutas em pedaços, secas ou em forma de sucos, legumes (ralados ou fatiados e adicionados ao sanduíche, por exemplo)

domingo, 6 de novembro de 2011

SÍNDROME DE PRADER-WLLI.




Síndrome de Prader-Willi




A síndrome de Prader-Willi é uma doença genética que afeta o desenvolvimento da criança, resultando em obesidade, estatura reduzida e baixo tônus muscular (hipotonia). Os portadores apresentam dificuldades de aprendizagem e problemas comportamentais, entre eles depressão, episódios de violência, mudanças repentinas de humor, impulsividade, agitação e obsessões por determinadas idéias ou atividades. Descrito pela primeira vez em 1956, o distúrbio é considerado hoje a principal causa de obesidade com origem genética.

Características clínicas
Durante o período neonatal e a primeira infância, a enfermidade caracteriza-se por diferentes graus de hipotonia. Bebês com a síndrome de Prader-Willi apresentam baixo índice de vitalidade (freqüência cardíaca baixa, respiração fraca ou irregular, movimentos lentos etc), dificuldade de sugar, baixa temperatura corporal (hipotermia) e choro fraco. Além disso, são pouco ativos e dormem a maior parte do tempo. Uma vez diagnosticada a doença, a criança pode ser alimentada por meio de sonda gástrica durante vários meses, até que seu controle muscular melhore.
O enfraquecimento do tônus muscular, entretanto, não é progressivo e começa a estabilizar-se por volta dos 8 aos 11 meses de idade. A criança fica mais alerta, seu apetite aumenta e ela ganha peso. A obesidade surge, aproximadamente, entre 1 e 6 anos de idade, o que pode representar um marco para o início da segunda fase da doença.
Nesta etapa, o portador da síndrome de Prader-Willi apresenta atraso no desenvolvimento neuromotor (demora para começar a sentar, engatinhar e caminhar), dificuldade na articulação de palavras, problemas de aprendizagem, constante sensação de fome e interesse por comida (hiperfagia), obesidade, inatividade e diminuição da sensibilidade à dor. As características físicas são baixa estatura, mãos e pés pequenos, pele mais clara que os pais, boca pequena com o lábio superior fino e inclinado para baixo nos cantos da boca, fronte estreita, olhos amendoados e estrabismo.
Algumas crianças de 3 a 5 anos podem desenvolver problemas de personalidade, como depressão, violência, alterações repentinas de humor, pouca interação com outras pessoas, imaturidade, comportamento social impróprio, irritabilidade, teimosia, hábito de mentir, desobediência ou falta de cooperação, impulsividade, agitação, choro sem razão, rejeição à mudanças na rotina e obsessão por alguma idéia ou atividade. Por outro lado, costumam apresentam grande habilidade para montar quebra-cabeças.

Incidência e causas
A incidência da síndrome de Prader-Willi é de aproximadamente um caso em cada 10 mil a 30 mil nascimentos. A doença é geralmente esporádica: poucos são os casos relatados de ocorrência entre membros da mesma família. Entretanto, é importante investigar o mecanismo genético que originou a síndrome, já que o risco de recorrência do distúrbio varia de 1% a 50%.
A doença tem origem genética. Da mesma forma que na síndrome de Angelman, os portadores apresentam ausência de determinada região do cromossomo 15. Na síndrome de Prader-Willi, porém, a parte ausente é de origem paterna, e não materna, como ocorre na de Angelman. Como resultado, o indivíduo não apresenta a expressão de uma informação genética transmitida pelo pai.
O diagnóstico é feito por meio do teste genético, capaz de identificar a ausência da contribuição paterna no cromossomo 15. As técnicas atuais permitem detectar 99% dos casos. Estudos mostram que essa avaliação é bastante eficaz para o diagnóstico precoce em recém-nascidos com hipotonia. Além disso, o exame é útil para diferenciar a síndrome de outras doenças em que crianças e adolescentes apresentam retardo mental e obesidade.

Diagnóstico precoce
É importante detectar o distúrbio precocemente, para que os pais tenham a oportunidade de oferecer às crianças dietas apropriadas e estimular nelas hábitos adequados de alimentação e atividade física. Dessa forma, é possível evitar problemas relacionados à obesidade, como diabetes, hipertensão e dificuldades respiratórias, que são as principais causas de morte dos portadores da síndrome na adolescência. Além disso, o diagnóstico precoce permite que a criança tenha acesso antecipado à ajuda de profissionais, como pedagogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.
Na adolescência, o cuidado com a alimentação pode fugir ao controle da família. Os pacientes costumam usar sua perspicácia para conseguir comida e tornam-se agressivos quando o alimento lhes é negado. O portador e seus familiares precisam de suporte psicológico, que deve ser iniciado na infância e continuar até a vida adulta do indivíduo. Nesta fase, o maior problema passa a ser o controle de peso e de comportamento do paciente, que pode apresentar períodos de irritabilidade e até surtos psicóticos.
Geralmente, a identificação da síndrome ocorre somente após a manifestação da obesidade. Para que possa ser oferecida uma melhor qualidade de vida aos portadores, sugere-se que o teste genético seja requisitado em recém-nascidos e lactentes com hipotonia e dificuldade de sucção e algumas das características referentes à aparência física (fenotípicas) do distúrbio. Dessa maneira, pode-se conseguir o diagnóstico precoce e evitar métodos de investigação clínica mais invasivos e de difícil interpretação, como a eletroneuromiografia e a biópsia muscular.
Além disso, muitos efeitos indesejáveis dos sintomas da doença podem ser amenizados com o diagnóstico correto, que proporciona a chance de intervenções terapêuticas e educacionais. O conhecimento da família sobre a síndrome permite a busca de um espaço inclusivo, seguro, assistido e estimulador para o paciente se desenvolver e de um acompanhamento de saúde e educação adequados.

Lula encerra primeira etapa de tratamento contra o câncer.

Lula encerra primeira etapa de tratamento contra o câncer.

O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, encerrou nesse sábado (6) a primeira etapa da quimioterapia contra o câncer na laringe. Segundo a assessoria do hospital Sírio-Libanês, uma equipe médica foi até a residência de Lula, em São Bernardo do Campo, e retirou a bolsa de infusão, que injetava por meio de um cateter os medicamentos quimioterápicos. Lula passa bem, segundo os médicos.

A primeira aplicação de quimioterapia foi iniciada no hospital no último dia 1º e o tratamento continuou a ser feito no restante dos dias pela bolsa de infusão. Lula deverá voltar ao hospital para o próximo ciclo de tratamento em cerca de 17 dias.

O ex-presidente foi diagnosticado no último dia 29 de outubro com um tumor de aproximadamente três centímetros na laringe. Segundo os médicos, a doença está em uma fase de desenvolvimento classificada como T2 e ainda não atingiu as cordas vocais. O resultado da biópsia  indicou que o tumor tem agressividade média. Lula deve passar por três sessões de quimioterapia até o fim do ano e por uma sessão de radioterapia no início de 2012.

 

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