quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PRIAPISMO.

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O que é?

É uma ereção persistente (mais de 4 horas), freqüentemente dolorosa, desencadeada ou não pela atividade sexual. O nome priapismo vem da mitologia grega na qual Príapo, filho de Afrodite, era conhecido pelo seu falo longo e ereto. É uma emergência urológica!

A sua ocorrencia é baixa: 1,5 casos por 100000 habitantes por ano. Em homens acima dos 40 anos, a incidência aumenta para 2,9 por 100000 habitantes por ano.

Como se desenvolve?

O priapismo pode ocorrer em qualquer idade. Na adolescência está muitas vezes associado à doenças do sangue, como a leucemia e anemia falciforme. Nas demais idades, geralmente é idiopática (sem causa específica). Nos idosos pode estar associada a neoplasias. Vários fatores estão relacionados como possíveis causadores de priapismo: abuso de álcool ou drogas, traumas genitais, doenças inflamatórias. A causa idiopática (desconhecida) é a mais freqüente. A utilização de drogas injetadas diretamente no pênis (no corpo cavernoso) a fim de provocar ereções tem aumentado a freqüência de priapismos. Dentre essas drogas, a que causa mais priapismo é a papaverina.

O que se sente?

O paciente queixa-se de uma ereção que não regride e é acompanhada geralmente de dor.

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico é simples baseado na história do paciente. Ao exame físico, nota-se uma ereção do pênis sem a participação da glande ("cabeça" do pênis) e dos corpos esponjosos (tecido que envolve a uretra). Logo, se trata de uma ereção dos corpos cavernosos exclusivamente.

Como se trata?

Existem dois tipos de priapismo. O priapismo de baixo fluxo (venoclusivo), mais frequente. Está associado à diminuição do retorno venoso. É doloroso devido à má oxigenação do pênis. O outro tipo é o de alto fluxo (arterial), menos frequente. É indolor e geralmente causado por trauma peniano.

Através da análise do sangue coletado do pênis diretamente (gasometria dos corpos cavernosos) tem-se uma diretriz para o tratamento, que pode se constituir em:
 

aspiração do corpo cavernoso (drenagem)
aspiração do corpo cavernoso com injeção de drogas vasoativas (vasoconstritores)
aspiração e lavagem do corpo cavernoso
tratamento cirúrgico (a fim de criar comunicações entre o corpo cavernoso e corpo esponjoso)

Nos casos em que não há resolução do priapismo ou que este permaneceu várias horas sem tratamento, ocorre a fibrose dos corpos cavernosos com comprometimento futuro das ereções. A única solução é a prótese peniana.

Como se previne?

Como na maioria das situações o priapismo é idiopático, fica difícil a prevenção. Os pacientes que usam drogas intracavernosas para promover a ereção devem ser alertados para o risco de priapismo. Se a ereção perdurar por mais de 2-3 horas após a aplicação da droga, um serviço de emergência ou um urologista deve ser procurado. Nos casos em que o priapismo é ocasionado por drogas via oral, estas deverão ser evitadas. Para pacientes com doenças sanguíneas, a hidratação, oxigenação, alcalinização, transfusões e outras alternativas mais específicas são necessárias.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

O que causa essa doença?

É transmissível?

Pode causar câncer?

Pode causar impotência? Posso ter relações sexuais?

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