sábado, 30 de outubro de 2010

DoenÇas ReumÁticas Autoimunes.

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ENFERMAGEM PRESENTE As doenças reumáticas autoimunes são frequentemente associadas com a ocorrência de auto-anticorpos contra vários antígenos nucleares ou citoplasmáticos.  Estes antígenos são denominados antígenos anti-nucleares (ANA) e podem ser divididos em três grupos:

1.) Antígeno anti-nuclear verdadeiro (ANA): dsDNA, ssDNA, Histona, RNA nucleolítico e DNP.
2.) Antígenos nucleares extraíveis (ENA): Sm (Smith), RNP, Scl 70 (antiescleroderma), Jo-1 e PM-1.
3.) Antígenos citoplasmáticos: SS-A (Ro), SS-B (La) e Jo-1. Obs.: SSA (Ro) e SSB (La) são co-localizados no citoplasma e núcleo.

Em pacientes com anticorpos da Síndrome de Sjögren (doença inflamatória crônica com manifestações primárias nas glândulas salivares e lacrimais caracterizadas por secura oral e ocular, decorrentes de destruição inflamatória dessas glândulas exócrinas) contra os dois antígenos citoplasmáticos freqüentemente acontecem dentro de uma combinação.  Devido forte associação dos anticorpos SSA e anticorpo SSB as fenótipos HLA - DR3 e DR2 suspeita-se de uma predisposição genética.  O anti SSA é uma proteína que atravessa a placenta e pode causar o desenvolvimento do SLE (Lupus Eritematoso Sistêmico) em recém-nascidos.

Proteínas imunoreativas podem acontecer em várias combinações e também podem se ligar as "proteínas de host" de origem viral.  Elas induzem a síntese de autoanticorpos policlonais, das classes IgG, IgM e IgA.  É indicado especialmente para as diversas doenças do tecido conjuntivo relacionadas a uma infecção viral por EBV (Eppstein-Barr vírus).
   Cada classe das imunoglobulinas causam uma fluorescência imune padrão específico.  Basicamente os títulos de imunofluorescência se correlacionam com a determinação quantitativa dos anticorpos IgG, mas a concentração pode variar consideravelmente dentro de cada título.  A quantificação dos anticorpos da classe IgG se correlaciona extensivamente com a atividade da doença.  Isto faz com que a metodologia seja superior à imunofluorescência utilizando as células HEP-2, que podem fornecer resultados variáveis que dependem do grau das atividades das mesmas.
   Hoje os melhores antígenos a serem investigados quanto a imunoreação são o dsDNA, ssDNA, Sm (Smith), sn-RNP (núcleos pequenos das partículas de ribonicleoproteína), RNP/Sm complexo que é estabilizado através de ácido ribonucleico, assim como o SSA (Ro) e SSB (La).  O antígeno Scl 70, proteína com peso molecular de 70 kD que está associado à escleroderma.
  Em doenças reumatóides autoimunes vários perfis de autoanticorpos para esses antígenos podem ser detectados.  Em uma incidência alta eles são relacionados ao Lupus Eritematoso Sistêmico ativo e anativo, doenças do tecido conjuntivo misto (Síndrome Sharp), artrites reumáticas, Sjögren-síndrome, esclerodermia, dermatite fotossensível e lupus induzido por droga.
Tipicamente nos pacientes com Lupus podem ser descobertos anticorpos de anti-dsDNA.  Pacientes sem estes anticorpos muito frequentemente podem apresentar anticorpos anti-ssDNA e anti-SSA e anti-SSB.  Uma forte correlação entre a concentração de anticorpo e gravidade da doença foi observada ou seja, quanto maior a concentração de anticorpo a doença estará na sua fase mais ativa.  Assim a quantificação é mais informativa quando comparada a simples titulação da imunofluorescência.
A quantificação do anti-ssDNA fornece informação adicional relativa a especificidade do anticorpo e a atividade.  Exceto em processos inflamatórios crônicos os anticorpos anti-ssDNA não são encontrados em pessoas saudáveis.
   A maioria destes parâmetros não é específica para uma única doença, mas ocorrem em várias combinações.  O padrão de diferentes combinações de anticorpos e suas concentrações juntas com o quadro clínico inteiro do paciente são ferramentas de diagnósticos úteis na avaliação de doenças reumatóides autoimunes.
   O seguinte gráfico fornece informações breves sobre a complexidade das doenças autoimunes.  Não é projetado como um horário para perfis diagnóstico contínuos.

  O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença auto-imune de etiologia e causas desconhecidas, caracterizada pela presença de auto-anticorpos contra antígenos celulares, principalmente antígenos como anti-histona, anti-DNA e anti-dsDNA.  Os anticorpos anticromatina parecem ser os primeiros auto-anticorpos a surgirem na evolução da doença e são os anticorpos causadores da formação de células LE em doenças auto-imunes. O anti-dsDNA é considerado o maior marcador para diagnóstico de SLE, porem é encontrado somente em 50% de pacientes com esta doença. 

ENFERMAGEM PRESENTE

Recentemente surgiram propostas de que anticorpos antinucleossomo (complexo DNA-histona ou cromatina) sejam o principal antígeno da fisiopatologia do LES e que os anticorpos antinucleossomo (anti-NSC) estejam associados a maiores danos orgânicos. Em um estudo incluindo 73 pacientes (mulheres de aproximadamente 25 anos) a prevalência do anticorpo anti-NSC foi de 100%, anti-dsDNA 63% e anti-HST 15%. Desta forma a sensibilidade para anticorpo anti-NSC parece ser maior do que o anticorpo anti-DNA para diagnóstico de SLE. Não encontramos na literatura estudos sobre anticorpos anti-NCS em pacientes com LES juvenil.

Fonte: EBRAM Produtos Laboratoriais
www.ebram.com.br

3 comentários:

Polaca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Polaca disse...

Adorei esse blog, entretanto, estou fazendo um TCC sobre Esclerodermia que é uma doença auto imune e percebo que essa doença acomete muitas mulheres, em média 1 mulher a cada 4 homens. Mas os profissionais de saúde não sabem nada sobre essa doença que é rara, imunológica, caracterizada por deposição de colágenos nos tecidos fazendo com que ele se torne duro. Há dois tipos de esclerodermia: Localizada que não afeta órgãos internos e a sistêmica que acomete o tecido conjuntivo de todos os órgãos. A enfermagem precisa estudar e saber mais sobre essa doença para que possam ajudar o médico na elucidação dessa doença. De repente possa ser que vc tenha alguém na família com essa doença leva á vários médicos e eles não descobrem o que é porque não sabem. Fique atento aos sinais de muito frio, mãos roxas, má circulação pode ser sinal de Síndrome de Raynald. Esse é o primeiro sinal da esclerodermia. O médico especialista nesta doença deve ser o reumatologista que deverá pedir exames de pesquisa de anticorpos para essa doença como é o caso dos anticorpos específicos Como: Fator anti-nuclear (FAN) positivo em 95% dos casos. Padrão nucleolar (clássico) ou salpicado.
• Fator reumatóide (FR) positivo em 25% dos casos. Anticorpos: Padrão Ouro
• Anti-SCL (anti-topoisomerase) - Frequência: 30% na forma difusa. Específico para forma difusa.
• Anti-centrômero - Frequência: 80% na CREST. Específico para CREST.
Anti-nucleares:
• Anti-RNA polimerase I, II e III - Frequência: 30%. Forma difusa (envolvimento renal; envolvimentos pulmonares e musculares são menos frequentes).
• Anti-U3 RNP (anti-fibrilarina) - Frequência: 10%. Forma difusa (envolvimento cardiopulmonar renal e muscular; raça negra).
• Anti-Th RNP (endoribonuclease) - Frequência: 10%. CREST.

Polaca disse...

Adorei esse blog, entretanto, estou fazendo um TCC sobre Esclerodermia que é uma doença auto imune e percebo que essa doença acomete muitas mulheres, em média 1 mulher a cada 4 homens. Mas os profissionais de saúde não sabem nada sobre essa doença que é rara, imunológica, caracterizada por deposição de colágenos nos tecidos fazendo com que ele se torne duro. Há dois tipos de esclerodermia: Localizada que não afeta órgãos internos e a sistêmica que acomete o tecido conjuntivo de todos os órgãos. A enfermagem precisa estudar e saber mais sobre essa doença para que possam ajudar o médico na elucidação dessa doença. De repente possa ser que vc tenha alguém na família com essa doença leva á vários médicos e eles não descobrem o que é porque não sabem. Fique atento aos sinais de muito frio, mãos roxas, má circulação pode ser sinal de Síndrome de Raynald. Esse é o primeiro sinal da esclerodermia. O médico especialista nesta doença deve ser o reumatologista que deverá pedir exames de pesquisa de anticorpos para essa doença como é o caso dos anticorpos específicos Como: Fator anti-nuclear (FAN) positivo em 95% dos casos. Padrão nucleolar (clássico) ou salpicado.
• Fator reumatóide (FR) positivo em 25% dos casos. Anticorpos: Padrão Ouro
• Anti-SCL (anti-topoisomerase) - Frequência: 30% na forma difusa. Específico para forma difusa.
• Anti-centrômero - Frequência: 80% na CREST. Específico para CREST.
Anti-nucleares:
• Anti-RNA polimerase I, II e III - Frequência: 30%. Forma difusa (envolvimento renal; envolvimentos pulmonares e musculares são menos frequentes).
• Anti-U3 RNP (anti-fibrilarina) - Frequência: 10%. Forma difusa (envolvimento cardiopulmonar renal e muscular; raça negra).
• Anti-Th RNP (endoribonuclease) - Frequência: 10%. CREST.

 

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